29/05/06

I.A.

No outro dia vi num canal a cabo uma pesquisa científica no sentido de desenvolver um computador molecular. E perguntar-se-á o comum dos mortais (refiro-me à minha pessoa) como será isso possível. Ora seria uma coisa deste género (e perdoem-me os entendidos no assunto pela falta de rigor científico da minha leiga explicação):
- A informação seria transmitida por estimulação electroquímica, no processador;
- As moléculas de "virtual nucleic acid" (VMA) mudariam de posição (em termos de organização espacial, conforme ocorresse, ou não, um tipo específico de estimulação;
- Quando não ocorria estimulação seria codificado um "0 (zero)" (em termos de sistema binário);
- Quando as ditas moléculas eram estimuladas estariam em tal posição, que iriam constituir uma matriz tridimensional de canais atómicos (cada molécula seria um ponto de junção de três canais atómicos) permitindo a passagem da corrente eléctrica;
- Seria codificado um "1" (em termos de código binário).
Link:http://hagi.is.s.u-tokyo.ac.jp/MCP/ para os interessados na teoria.
Deste modo a capacidade de armazenamento e velocidade de processamento dos computadores aumentaria consideravelmente.
Ainda que se nos apresente quase como uma teoria saída de um filme de ficção científica não estará, no meu entender, assim tão longe da realidade. Ora fazendo uma analogia, se pensarmos no cérebro humano, este funciona (talvez) de forma mais ou menos semelhante. As transmissões electroquímicas entre os neurónios ocorrem, ou não, por meio da abertura, ou não, de canais iónicos situados na membrana que envolve os ditos neurónios. Sendo estes canais regulados por neurotransmissores que comandam a abertura/fecho dos ditos canais iónicos. Não estarei, de modo algum, a sugerir que somos um conjunto de respostas reflexas a estímulos codificados binariamente. No entanto, será interessante pensar que se poderá estabelecer um certo tipo (ainda que grosseiro) de analogia.
Esta analogia remete igualmente para algumas questões quase saídas de um filme de ficção científica. Será possível produzir criaturas artificialmente inteligentes que superem a espécie humana? E se tal acontecer, quais os perigos para o Homem? Seriam essas criaturas capazes de desenvolver consciência moral, ou mesmo emoções? Pois, por mais intelectualmente avançadas que sejam as máquinas, a sua conduta, quando desprovida destas duas componentes, seria desadequada e desequilibrada. E relativamente à linguagem? Seriam as máquinas capazes de desenvolver um sistema de linguagem? E conseguiria o Homem descodificar esse sistema, caso as ditas máquinas fossem intelectualmente superiores?
just_me

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